Danilo Barnabé - O futuro também importa

Após 2 meses de sérias restrições para os brasileiros com o argumento de “achatar a curva” à espera do terrível “pico”, mesmo sabendo que em curva achatada não existe “pico”, começamos a raciocinar com calma e concluímos que alguma coisa nessa história não está bem contada.
Vemos todos os debates em ações de curtíssimo prazo, sem a certeza dos resultados, um eterno “tenta e vê no que dá”, sem nenhum planejamento. Como resultado temos a população que já não acredita mais em nada e em ninguém, sinalizando uma crise séria de confiança em seus governantes, e com toda razão, pois é claro que estão governando por “tentativa e erro”.
O Brasil não aguenta mais tantas restrições, além de não mostrarem resultado real, acabam por sacrificar o brasileiro que está vindo de uma longa e grave crise econômica e ética. A retomada gradual da normalidade é fundamental, porém, mesmo que a reabertura total acontecesse hoje, os impactos já serão seríssimos. Os governantes de forma geral – Executivo e Legislativo, das esferas Federal, Estadual e Municipal – precisam urgente e paralelamente ao tratamento dos infectados pelo coronavírus, que infelizmente são inevitáveis, já irem divulgando e proporcionando o debate com a sociedade sobre as medidas que serão tomadas para a retomada dos estímulos à economia e ao emprego. Esse tema não pode mais esperar e o governo trabalhar em várias frentes simultaneamente é essencial. Para falar sobre “economia” não precisa abandonar o assunto “vida”, ou vice-versa, já que são assuntos complementares e não diferentes.
Cada município deve divulgar URGENTE quais serão as providências tomadas para a retomada da normalidade e do estímulo à economia, quando e como elas serão implementadas. O cidadão precisa de previsibilidade para se planejar também!
Qualquer ação para ter resultados efetivos, deve passar OBRIGATORIAMENTE por esses fatores:
* Redução da máquina pública, proporcionando grande economia e reduzindo os gastos com coisas desnecessárias. Estado eficiente é o estado pequeno e o que menos interfere na vida dos cidadãos;
* Desburocratização para agilizar os processos dos serviços públicos. As leis terão que ser modificadas para facilitar a vida do empreendedor e do trabalhador, diminuindo várias exigências absurdas e acelerando as licenças e autorizações. Quanto menor for a interferência do estado, melhores são os resultados;
* Reavaliar os contratos públicos em execução para confirmar quais são realmente necessários e quais ajustes podem ser feitos para reduzir os gastos;
* Projetos e benefícios para atração de novas empresas e assim gerar mais empregos;
* Suporte jurídico, contábil e teórico eficiente para novos empreendedores. Boas ideias sem suporte teórico de administração durante a operação dessas novas empresas, diminuem muito a possibilidade de sucesso.
Governar em águas calmas é fácil, já governar em mar revolto exige responsabilidade com o futuro, planejamento, transparência e coragem. O governo que tiver a seriedade e competência para sair na frente no planejamento e execução de medidas para a retomada da economia no futuro PRÓXIMO, será o que mais irá salvar vidas.